Chico Xavier foi mais colaborador da ditadura militar do que se pode imaginar
SEGUINDO O ROTEIRO IMPORTADO DE MALCOLM MUGGERIDGE, CHICO XAVIER REPETIA A ENCENAÇÃO ASSISTENCIALISTA DE MADRE TERESA DE CALCUTÁ.
Reina um silêncio sepulcral em torno de Chico Xavier. O suposto médium, nascido Francisco Cândido Xavier, permanece na sua narrativa oficial que lembra mais um misto de contos de fadas com novela da Rede Globo, em que somente aspectos agradáveis são aceitos, enquanto aspectos negativos sobre sua trajetória são jogados debaixo do tapete da dúvida, fazendo com que só se possa ser cético diante dos fatos contra Chico Xavier, enquanto que, a favor dele, vale até a fantasia.
O silêncio contamina até mesmo setores das esquerdas, nos quais a chamada "mídia alternativa", que deveria atuar como um contraponto à mídia hegemônica e empresarial - à qual interessa vender Chico Xavier como um suposto filantropo, evitando assim a contemplação de ativistas de esquerda, já que o "médium" nunca ameaçou os interesses das classes dominantes - , prefere se manter em omissão, como se dissesse aos detratores do "médium" mineiro: "Vocês pensem o que quiserem".
Mas dizer que Chico Xavier apoiou a ditadura militar nunca pode ser visto como uma questão de opinião ou alguma suposição especulativa. Trata-se de fato, mesmo. Mas no Brasil as pessoas vivem de fantasias e superstições, mesmo aquelas que se julgam de certa forma "esclarecidas" e mesmo uma boa parcela dos chamados "homens de Ciência", que até mesmo o rigor da Razão não faz as pessoas perderem o medo de admitir certos aspectos da realidade.
Até mesmo Madre Teresa de Calcutá, de cujo esterótipo de "bondade extrema" foi copiado por Chico Xavier, teve mais facilidades de ser desmascarada, mesmo quando seu principal denunciador, o jornalista inglês Christopher Hitchens, se assumiu ateu - num contexto diferente do Brasil, em que ateus parecem complacentes e submissos aos "médiuns espíritas" - , a ponto da freira albanesa que praticou suposta caridade na Índia ser considerada "anjo do inferno".
Mas falar que Chico Xavier foi um "espírito do umbral" (o "anjo do inferno espírita") dói ainda nos corações de muitos, mesmo "ateus" e "não-espíritas". Mesmo quando os critérios, como os que norteiam este blog, seguem o rigor da lógica kardeciana (que bebia nas fontes do iluminismo cartesiano), eles não são aceitos e há muita dificuldade em admitir isso. Mesmo os mais lógicos preferem pedir para mudar de assunto, diante de realidade que lhes soa contundente e desagradável.
QUANTAS VEZES SE DIRÁ QUE A ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA NUNCA IRIA CONDECORAR QUEM NÃO COLABORASSE COM A DITADURA?
Enquanto boa parte dos brasileiros, mesmo alguns com algum embasamento lógico, tentam manipular o pensamento desejoso para tentar, em vão, explicar, que Chico Xavier elogiou a ditadura militar só para salvar sua pele e a Escola Superior de Guerra o condecorou por puro oportunismo, os fatos mostram aquilo que lhes traz tristeza e contrariedade: que o "bondoso médium" realmente foi um colaborador da ditadura militar.
É até irônico que as pessoas se sintam incomodadas com essa realidade, que atinge a imagem agradável que o "médium" recebeu de uma campanha trazida, justamente, pela ditadura militar, que precisava promover um "símbolo de bondade" para servir de cortina de fumaça para a crise do regime ditatorial, anestesiando a população e evitando, ou, ao menos, minimizando a eclosão dos movimentos populares pela redemocratização do Brasil.
Devemos explicar mais uma vez, para eliminar as dúvidas:
1) A ditadura militar vivia um período de radicalização repressiva. O Ato Institucional Cinco (AI-5) estava em vigor e o período de 1971-1972 foi marcado de intensa tortura, repressão e mortes. Foi nessa época que nomes como Carlos Lamarca e o deputado Rubens Paiva foram detidos e assassinados nos porões da ditadura;
2) Chico Xavier, em um programa de grande audiência e com um depoimento que seria deixado para a posteridade, pedia para as pessoas orarem a favor das forças armadas que estavam fazendo do Brasil "uma grande nação". Por associação, o "médium", com esta atitude, demonstrada com alarde demais para ser uma "simples estratégia de proteção pessoal ou institucional (do "movimento espírita"), incluiu o perverso coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, glorificado pelo atual presidente Jair Bolsonaro, entre os beneficiados;
3) Chico Xavier sabia do risco de expor seus pontos de vista ultraconservadores e reacionários, dos quais incluíram comentários nada amistosos contra organizações sociais de esquerda (comandadas por gente de origem pobre, lembremos). E isso para um grande público, que não se limitava ao auditório do Pinga Fogo (TV Tupi) nem aos lares, lojas e bares, mas também a um público que ultrapassava os limites do tempo. Alguém, em sã consciência, iria dizer que Chico Xavier apoiou a ditadura por "mera estratégia", vendo que ele expôs seu ultraconservadorismo para um número infinitamente maior de pessoas?;
4) A obra doutrinária de Chico Xavier é cheia de valores ultraconservadores: apologia ao sofrimento humano, ao trabalho servil, à submissão à hierarquia. Seu moralismo culpabilizava as vítimas. Ele pregava que os oprimidos aceitassem sua desgraça em silêncio. E quem acha que esses pontos de vista vinham de gente como o espírito Emmanuel, lembremos que os seguidores de Chico Xavier acreditavam que ele concordava com tudo que o "mentor" pregava e, em muitos casos, se atribuem as ideias dos "espíritos psicografados" como se fossem compartilhadas ou mesmo próprias do "médium";
5) Com o radicalismo da repressão ditatorial, a Escola Superior de Guerra nunca ofereceria prêmios nem suas instalações para homenagens e mesmo espaço para palestras para quem não fosse colaborador da ditadura militar. Se Chico Xavier recebeu prêmios e fez palestras pela ESG, é porque ele colaborou com a ditadura militar, de forma ainda mais decisiva do que se pode imaginar;
6) O próprio fato de Chico Xavier ter aceitado a homenagem e a premiação chama a atenção. Ele não era um "pacifista"? Por que ele aceitou homenagem de uma instituição com o nome de guerra, palavra da qual acredita-se que ele manifestava horror? Se ele era "humanista", por que a igual consideração entre opressores e oprimidos?
Seria muito simplório e, de qualquer forma, sujeito a contradições, dizer que Chico Xavier apoiou a ditadura por "estratégia" e aceitou o convite da Escola Superior de Guerra por diplomacia. Embora agradáveis, essas alegações apresentam sérios problemas de argumentação e acabam dando, à instituição militar, uma insólita interrupção de sua missão repressiva, dando alguns momentos de "humanismo" a essa entidade conhecida como o "laboratório" da ditadura militar no Brasil.
Mesmo a "maior caridade" do dito "maior médium brasileiro", as "cartas mediúnicas" - que provocavam filas extensas de pobres desesperados e de famílias de classe média atingidas por tragédias - , serviram como uma múltipla cortina de fumaça para fazer o povo brasileiro esquecer dos problemas da ditadura militar, ou então se conformar com eles, diante da "certeza de uma vida futura", como se atribui, ainda que de forma meramente especulativa, o além-túmulo.
Afinal, se as pessoas comuns, consideradas de perfil mediano e sem algum destino glorioso, eram tidas como "abençoadas" ao sofrerem uma tragédia repentina e prematura, os mortos pela repressão militar também seriam "glorificados", por estarem "em situação melhor", na qual a tragédia pelas forças repressivas seria considerada um "acerto de contas" para almas faltosas, que pela morte prematura estariam "cumprindo a missão da depuração da alma".
Em outras palavras, Chico Xavier achava "ótimo" que pessoas como Rubens Paiva, Carlos Marighella, Yara Yavelberg, Stuart Angel, Carlos Lamarca, Vladimir Herzog e Manuel Fiel Filho sejam mortas pela repressão, porque, "pela ótica espírita", esses "queridos irmãos" partiram para "um lugar melhor". Esquece-se que eles tiveram sua missão pessoal interrompida prematuramente, e essa missão dificilmente seria recuperada, da mesma forma, na encarnação posterior, onde tudo teria que começar pelo zero.
É assustador que, no Brasil, as pessoas se prendam a ilusões de percepção a ponto de ter medo de que descobertas e revelações ponham tudo de cabeça para baixo. Pessoas adultas, até mesmo idosas, mesmo aquelas com algum nível de lucidez e esclarecimento, ainda têm medo de muita coisa, porque, nos últimos 45 anos, criamos supostos heróis ou mesmo anti-heróis (como feminicidas da alta sociedade e sua "doce vida" de transformar um homicídio de motivações conjugais num crime "chique").
Essa obsessão, doentia e imprópria a uma sociedade em desenvolvimento, ocorre a ponto de nos apavorarmos ao ver "médiuns espíritas" desmascarados ou feminicidas famosos mortos (estes "comprometidos" com a missão necropolítica, segundo alertam especialistas, de reduzir a população de mulheres e evitar o crescimento da população com mais filhos), desfechos aos quais a imprensa não está autorizada a noticiar, ainda que em pequenas notas nos jornais impressos.
É por isso que o Brasil se mergulha num quadro surreal, o mesmo que criou condições para que Jair Bolsonaro fosse eleito. Pessoas mergulhadas em preconceitos moralistas e no apego a fake news quando elas são agradáveis. E isso se deu por uma "educação" que, em boa parte, começou com Chico Xavier e seus "fakes do bem", obras "mediúnicas" muito aquém do que representavam os supostos autores mortos em vida, mas que se deixam passar, até mesmo em livre publicação, porque são meramente agradáveis. O Brasil tornou-se refém de suas próprias ilusões.
Reina um silêncio sepulcral em torno de Chico Xavier. O suposto médium, nascido Francisco Cândido Xavier, permanece na sua narrativa oficial que lembra mais um misto de contos de fadas com novela da Rede Globo, em que somente aspectos agradáveis são aceitos, enquanto aspectos negativos sobre sua trajetória são jogados debaixo do tapete da dúvida, fazendo com que só se possa ser cético diante dos fatos contra Chico Xavier, enquanto que, a favor dele, vale até a fantasia.
O silêncio contamina até mesmo setores das esquerdas, nos quais a chamada "mídia alternativa", que deveria atuar como um contraponto à mídia hegemônica e empresarial - à qual interessa vender Chico Xavier como um suposto filantropo, evitando assim a contemplação de ativistas de esquerda, já que o "médium" nunca ameaçou os interesses das classes dominantes - , prefere se manter em omissão, como se dissesse aos detratores do "médium" mineiro: "Vocês pensem o que quiserem".
Mas dizer que Chico Xavier apoiou a ditadura militar nunca pode ser visto como uma questão de opinião ou alguma suposição especulativa. Trata-se de fato, mesmo. Mas no Brasil as pessoas vivem de fantasias e superstições, mesmo aquelas que se julgam de certa forma "esclarecidas" e mesmo uma boa parcela dos chamados "homens de Ciência", que até mesmo o rigor da Razão não faz as pessoas perderem o medo de admitir certos aspectos da realidade.
Até mesmo Madre Teresa de Calcutá, de cujo esterótipo de "bondade extrema" foi copiado por Chico Xavier, teve mais facilidades de ser desmascarada, mesmo quando seu principal denunciador, o jornalista inglês Christopher Hitchens, se assumiu ateu - num contexto diferente do Brasil, em que ateus parecem complacentes e submissos aos "médiuns espíritas" - , a ponto da freira albanesa que praticou suposta caridade na Índia ser considerada "anjo do inferno".
Mas falar que Chico Xavier foi um "espírito do umbral" (o "anjo do inferno espírita") dói ainda nos corações de muitos, mesmo "ateus" e "não-espíritas". Mesmo quando os critérios, como os que norteiam este blog, seguem o rigor da lógica kardeciana (que bebia nas fontes do iluminismo cartesiano), eles não são aceitos e há muita dificuldade em admitir isso. Mesmo os mais lógicos preferem pedir para mudar de assunto, diante de realidade que lhes soa contundente e desagradável.
QUANTAS VEZES SE DIRÁ QUE A ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA NUNCA IRIA CONDECORAR QUEM NÃO COLABORASSE COM A DITADURA?
Enquanto boa parte dos brasileiros, mesmo alguns com algum embasamento lógico, tentam manipular o pensamento desejoso para tentar, em vão, explicar, que Chico Xavier elogiou a ditadura militar só para salvar sua pele e a Escola Superior de Guerra o condecorou por puro oportunismo, os fatos mostram aquilo que lhes traz tristeza e contrariedade: que o "bondoso médium" realmente foi um colaborador da ditadura militar.
É até irônico que as pessoas se sintam incomodadas com essa realidade, que atinge a imagem agradável que o "médium" recebeu de uma campanha trazida, justamente, pela ditadura militar, que precisava promover um "símbolo de bondade" para servir de cortina de fumaça para a crise do regime ditatorial, anestesiando a população e evitando, ou, ao menos, minimizando a eclosão dos movimentos populares pela redemocratização do Brasil.
Devemos explicar mais uma vez, para eliminar as dúvidas:
1) A ditadura militar vivia um período de radicalização repressiva. O Ato Institucional Cinco (AI-5) estava em vigor e o período de 1971-1972 foi marcado de intensa tortura, repressão e mortes. Foi nessa época que nomes como Carlos Lamarca e o deputado Rubens Paiva foram detidos e assassinados nos porões da ditadura;
2) Chico Xavier, em um programa de grande audiência e com um depoimento que seria deixado para a posteridade, pedia para as pessoas orarem a favor das forças armadas que estavam fazendo do Brasil "uma grande nação". Por associação, o "médium", com esta atitude, demonstrada com alarde demais para ser uma "simples estratégia de proteção pessoal ou institucional (do "movimento espírita"), incluiu o perverso coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, glorificado pelo atual presidente Jair Bolsonaro, entre os beneficiados;
3) Chico Xavier sabia do risco de expor seus pontos de vista ultraconservadores e reacionários, dos quais incluíram comentários nada amistosos contra organizações sociais de esquerda (comandadas por gente de origem pobre, lembremos). E isso para um grande público, que não se limitava ao auditório do Pinga Fogo (TV Tupi) nem aos lares, lojas e bares, mas também a um público que ultrapassava os limites do tempo. Alguém, em sã consciência, iria dizer que Chico Xavier apoiou a ditadura por "mera estratégia", vendo que ele expôs seu ultraconservadorismo para um número infinitamente maior de pessoas?;
4) A obra doutrinária de Chico Xavier é cheia de valores ultraconservadores: apologia ao sofrimento humano, ao trabalho servil, à submissão à hierarquia. Seu moralismo culpabilizava as vítimas. Ele pregava que os oprimidos aceitassem sua desgraça em silêncio. E quem acha que esses pontos de vista vinham de gente como o espírito Emmanuel, lembremos que os seguidores de Chico Xavier acreditavam que ele concordava com tudo que o "mentor" pregava e, em muitos casos, se atribuem as ideias dos "espíritos psicografados" como se fossem compartilhadas ou mesmo próprias do "médium";
5) Com o radicalismo da repressão ditatorial, a Escola Superior de Guerra nunca ofereceria prêmios nem suas instalações para homenagens e mesmo espaço para palestras para quem não fosse colaborador da ditadura militar. Se Chico Xavier recebeu prêmios e fez palestras pela ESG, é porque ele colaborou com a ditadura militar, de forma ainda mais decisiva do que se pode imaginar;
6) O próprio fato de Chico Xavier ter aceitado a homenagem e a premiação chama a atenção. Ele não era um "pacifista"? Por que ele aceitou homenagem de uma instituição com o nome de guerra, palavra da qual acredita-se que ele manifestava horror? Se ele era "humanista", por que a igual consideração entre opressores e oprimidos?
Seria muito simplório e, de qualquer forma, sujeito a contradições, dizer que Chico Xavier apoiou a ditadura por "estratégia" e aceitou o convite da Escola Superior de Guerra por diplomacia. Embora agradáveis, essas alegações apresentam sérios problemas de argumentação e acabam dando, à instituição militar, uma insólita interrupção de sua missão repressiva, dando alguns momentos de "humanismo" a essa entidade conhecida como o "laboratório" da ditadura militar no Brasil.
Mesmo a "maior caridade" do dito "maior médium brasileiro", as "cartas mediúnicas" - que provocavam filas extensas de pobres desesperados e de famílias de classe média atingidas por tragédias - , serviram como uma múltipla cortina de fumaça para fazer o povo brasileiro esquecer dos problemas da ditadura militar, ou então se conformar com eles, diante da "certeza de uma vida futura", como se atribui, ainda que de forma meramente especulativa, o além-túmulo.
Afinal, se as pessoas comuns, consideradas de perfil mediano e sem algum destino glorioso, eram tidas como "abençoadas" ao sofrerem uma tragédia repentina e prematura, os mortos pela repressão militar também seriam "glorificados", por estarem "em situação melhor", na qual a tragédia pelas forças repressivas seria considerada um "acerto de contas" para almas faltosas, que pela morte prematura estariam "cumprindo a missão da depuração da alma".
Em outras palavras, Chico Xavier achava "ótimo" que pessoas como Rubens Paiva, Carlos Marighella, Yara Yavelberg, Stuart Angel, Carlos Lamarca, Vladimir Herzog e Manuel Fiel Filho sejam mortas pela repressão, porque, "pela ótica espírita", esses "queridos irmãos" partiram para "um lugar melhor". Esquece-se que eles tiveram sua missão pessoal interrompida prematuramente, e essa missão dificilmente seria recuperada, da mesma forma, na encarnação posterior, onde tudo teria que começar pelo zero.
É assustador que, no Brasil, as pessoas se prendam a ilusões de percepção a ponto de ter medo de que descobertas e revelações ponham tudo de cabeça para baixo. Pessoas adultas, até mesmo idosas, mesmo aquelas com algum nível de lucidez e esclarecimento, ainda têm medo de muita coisa, porque, nos últimos 45 anos, criamos supostos heróis ou mesmo anti-heróis (como feminicidas da alta sociedade e sua "doce vida" de transformar um homicídio de motivações conjugais num crime "chique").
Essa obsessão, doentia e imprópria a uma sociedade em desenvolvimento, ocorre a ponto de nos apavorarmos ao ver "médiuns espíritas" desmascarados ou feminicidas famosos mortos (estes "comprometidos" com a missão necropolítica, segundo alertam especialistas, de reduzir a população de mulheres e evitar o crescimento da população com mais filhos), desfechos aos quais a imprensa não está autorizada a noticiar, ainda que em pequenas notas nos jornais impressos.
É por isso que o Brasil se mergulha num quadro surreal, o mesmo que criou condições para que Jair Bolsonaro fosse eleito. Pessoas mergulhadas em preconceitos moralistas e no apego a fake news quando elas são agradáveis. E isso se deu por uma "educação" que, em boa parte, começou com Chico Xavier e seus "fakes do bem", obras "mediúnicas" muito aquém do que representavam os supostos autores mortos em vida, mas que se deixam passar, até mesmo em livre publicação, porque são meramente agradáveis. O Brasil tornou-se refém de suas próprias ilusões.